Fichamento

GUIRAUD, Pierre. A linguagem do corpo. São Paulo: Editora Ática, 2001.

ORIGEM: Biblioteca da Univel

O autor faz uma abordagem bastante interessante sobre os sentidos possíveis para grande parte das partes do corpo e também sobre os movimentos que envolvem estas partes. Também traz um capitulo que aborda a Proxêmica e a Prosódica (entonação)

Falamos com o corpo e nosso corpo fala. De diversas maneiras e em diversos níveis.
Assim, um queixo enérgico, lábios gulosos etc., são signos de faculdades psíquicas a que correspondem – ou, em todo caso, geralmente se supõe correspondam. Essa interpretação do moral por meio do físico é o objeto da antiga “fisiognomonia”, que ainda hoje persiste em diferentes “caracterologias” cuja pertinência podemos criticar, mas que não poderíamos negar a existência e o lugar que ocupam em nossos julgamentos e na linguagem. (p. 5)

Podemos dizer que o corpo “fala” na medida em que nos dá informações sobre a identidade e a personalidade das pessoas: sobre o sexo, a idade, a origem étnica, social, sobre o estado de saúde etc., e, mais particularmente, no que diz respeito, sobre o caráter.
É a aparência física de um indivíduo que nos leva a dizer que ele é enérgico ou tímido, sincero ou velhaco, inteligente ou estúpido e, de modo geral, simpático ou antipático. (p. 12)

“Abraçar alguém”, ao contrário, ou “estender-lhe os braços” constituem uma linguagem de pleno direito, envestida de um sentido dentro de um sistema de comunicação gestual em que os “braços abertos” são signo de proteção e de acolhida. (p. 29)

um signo gestual raramente está isolado; situa-se num contexto de outros significados a que está associado, e dos quais extrai seu significado, tanto mais que o mesmo gesto pode ter vários sentidos. (p. 29)

cada parte do corpo possui sua linguagem particular. (p. 30)

Os cabelos desempenham um papel nas fisiognomonias onde sua cor, seu modo de implantação, sua textura são índices do caráter; seu corte, seu trato