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SINTESE DO TEXTO: CONVENTOS DE FÁBRICAS Reclusão, religiosidade e educação no cotidiano de operárias têxteis ̶ Minas Gerais, final do século XIX

O texto vem discutir a influência religiosa católica no cotidiano de algumas fábricas têxteis mineiras no final do século XIX.O texto chama a atenção para os aspectos educativos e formativos que essas instituições exerciam sobre as mulheres no cotidiano do trabalho fabril.Desta forma o ressalta as relações entre patrões e operárias e o papel educativo que as fábricas, ao lado de outras instituições como a Igreja e a Família, exerciam sobre as mulheres,contribuindo para a formação de uma identidade feminina, atrelada à devoção, à abnegação, à dedicação, à maternidade e à família.
As mulheres foram aos poucos enchendo as salas de fiação e tecelagem, se tornando a força de trabalho principal, o emprego de mulheres, muitas delas órfãs e jovens, impôs aos proprietários das fábricas a necessidade de organizar formas de recolher e abrigar as moças, o que os levou a organizar moradias denominadas por alguns de conventos. Os conventos e os recolhimentos organizados no Brasil a partir do século XVIII se destinavam a receber moças e mulheres que para lá eram encaminhadas, seja para seguir a vocação religiosa, seja para ficarem recolhidas por um tempo determinado. É importante ressaltar a diferença entre recolhimento e conventos que estava na questão educativa de cada um dos espaços. Enquanto os conventos preparavam as mulheres para uma vida de celibato e devoção religiosa, os recolhimentos, ao contrário, preparavam-nas para uma vida secular, de mães, educadoras e donas de casa.Mesmo com as diferenças que as distinguiam entre si, uma coisa é certa, todas elas tinham como “princípio educativas” a religiosidade,o isolamento, a clausura e uma pedagogia voltada para a devoção.
É importante destacar que os conventos de fabricas acabaram cumprindo um papel ambíguo. Se por um lado foram símbolos da intricada relação entre