FICHAMENTO
Escrito por Iane Pinto de Castro | Publicado em: 06 de Janeiro de 2014
Categoria: Psicanálise
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Resumo: Através de uma pesquisa bibliográfica pretende-se neste artigo traçar uma articulação sobre a velhice. Na cultura contemporânea, sabe-se que várias áreas de estudo, dentre elas, a psicologia, a antropologia, dentre outras, abriram um leque de possibilidades para os traçados de pesquisa para o percurso dos estudos sobre a velhice. A psicanálise se inclui como borda nesta escrita para pensar a velhice para além de um processo biológico, incluindo o valor simbólico dos diversos sintomas que aparecem nesta etapa da vida. A subjetividade fora pensada por Freud no momento em que este rompeu com a objetividade médica. Assim, entre a valorização do belo e a cultura a estética, é possível pensar na interrogação do velho diante do espelho, o que reflete nesta imagem seria o ideal conservado da lembrança? Além de Freud, autores como, Goldfarb, Elzirik, Barros, contribuem para as reflexões estabelecidas neste artigo. Afirma-se que uma intervenção psicanalítica com velhos é ressignificada pelo inventário de suas memórias, pois o sujeito se constitui na relação com a alteridade.
Palavras-chave: Cultura contemporânea. Psicanálise. Velhice.
1. Introdução
Sabe-se que não existe homem sem linguagem, entretanto, a sociedade separa as pessoas por idade. Pensar a velhice como objeto de estudo é apontar a importância do reconhecimento de uma dimensão histórica e social a cerca dos movimentos de transformação em torno da denominação do velho. Mas o que é o velho? Basta relacionar tantas categorias para nomear e defini-lo? A sociedade responde indicando que é aquele que está na terceira idade, ou na melhor idade. É preciso estar atento para estes novos estereótipos, ou seja, na tentativa de pensar a velhice como um constante e inacabado processo de subjetivação.
Na literatura freudiana