Fichamento
MARTINELLI, Maria Lucia. Serviço Social: Identidade e Alienação/ Maria Lúcia Martinelli. - 16. ed. São Paulo: Cortez, 2011. p. 121-152
“O surgimento do Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, [...] fortemente respaldados pela Igreja Católica, e tendo referencial o Serviço Social europeu. [...] O processo revolucionário em curso no Brasil desde a segunda metade da década de 20 vinha exigindo uma rápida recomposição do quadro político, social e econômico nacional. [...]’’ (p. 121-122)
“[...] Unindo-se ao Estado e à Igreja, como poderes organizados, a Classe dominante procurava conceber estratégias com força disciplinadora e desmobilizadora do movimento do proletariado. [...] A luta de classes se impunha como uma realidade irreversível, determinando um quadro social marcado pela permanente tensão. [...]” [p.122]
‘‘[...] Como estratégia para baixar a tensão reinante entre os trabalhadores, trouxe para si próprio a responsabilidade de cuidar da reprodução de sua força de trabalho. [...] Os movimentos leigos [...] foram os parceiros acionados pela Igreja para atuar com os operários. [...] numa conjunção de esforços da nascente burguesia e de setores da própria Igreja Católica havia sindo criado, na esteira do movimento constitucionalista de 1932, o Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo – CEAS [...] Nesse centro, como fruto da iniciativa das cônegas de Santo Agostinho, no Brasil realizou-se o primeiro curso de preparo para o exercício da ação social [...]’’ [p. 122-123]
“Historicamente, esse foi o evento que marcou o primeiro passo da longa caminhada do Serviço Social no solo brasileiro, que já iniciou sob o revelador signo da aliança com a burguesia.” [p.123]
“[...] a identidade atribuída ao Serviço Social pela classe dominante era uma síntese de funções econômicas e ideológicas, o que levava à produção de uma prática que se expressava fundamentalmente como um mecanismo de reprodução das