Fichamento

A cada dia torna-se mais evidente que, ao se falar de “mundialização do capital” refere-se a mais do que uma simples etapa do processo de internacionalização global. Refere-se agora à um novo capitalismo mundial, à uma fase prolongada de acúmulo de capital.
A mundialização se mostra como sendo o resultado de dois movimentos interligados, apesar de distintos. O primeiro pode ser caracterizado como a fase mais longa de acumulação de capital que o capitalismo teve contato desde 1914. Já o segundo movimento se refere às políticas de liberalização, de privatização, de desregulamentação e de desmantelamento de conquistas sociais e democráticas, que foram aplicadas desde o início da década de 1980, sob o impulso dos governos Thatcher e Reagan.
O autor faz trata ainda da forma que as grandes empresas utilizam para se organizarem, ou seja, a partir de um espaço de rivalidade industrial. É nesse espaço que ocorrem as relações diversificadas, que articulam o investimento externo direto (IED), às grandes muItinacionais.O investimento estrangeiro no âmbito da economia global não é novo. Todavia, o papel cumprido pelos investimentos estrangeiros no que tange a determinação das especializações comerciais dos vários países ou regiões do mundo sempre foi subestimado.
A partir dos anos oitenta se verificam formas de articulação diversas entre os grupos financeiros, industriais e comerciais, como as parcerias, os consórcios, as fusões, e as aquisições.
Ele afirma que a empresa-rede apresenta-se como uma “ruptura“ com as hierarquias e a internalização, mas antes disso, como urna nova forma de organizar e gerenciar essas hierarquias. Ainda, são formas de maximizar as possibilidades de “internalizar as externalidades” proporcionadas pelo funcionamento da rede.
As estruturas de oligopólio mundial são as em que as quebras na cadeia mundial de dependência recíproca foram substituídas por uma situação onde a interdependência ultrapassa as fronteiras nacionais. Essa situação nova