FICHAMENTO
É possível fazer o socialismo com fé em Deus?
No Vaticano, a política em relação aos trabalhadores era de se contrapor as mudanças sociais. Os papas da época de Marx – Gregório XVI e Pio IX – eram extremamente conservadores. Marx tinha como perspectiva, uma filosofia materialista, e já no que diz respeito a religião, ele dizia que era “ópio do povo”. Ele queria acabar com a ideia de que o desaparecimento da religião podia ser adiantado pela violência e repressão às consciências religiosas.
Marx enfrentou os cristãos, não pelo seu credo crença, mas sim por eles não mostrarem resistência às mudanças sociais e políticas. O marxismo serviu como uma luva, no que se refere a vanguarda do movimento operário e se torna a ideologia suprema na luta pelo socialismo.
Vários seguidores fizeram as ideias de Marx percorrer caminhos que o próprio Marx jamais imaginaria. A influência marxista, mesmo que imponderável, estava presente nas posições dos seus seguidores. Como não podemos dizer que o marxismo tem um dono, da mesma maneira serve para o socialismo, onde ele é de quem o fizer.
Com o passar dos tempos, os cristãos mudaram muito seu modo de pensar e agir; hoje eles integram movimentos que reivindicam os direitos dos trabalhadores, e esses cristãos que lutam, agem como revolucionários marxistas. Os trabalhadores precisam de multiplicidade, para ampliar suas forças em direção ao socialismo.
A insegurança dos adeptos do marxismo faz com que tentem, de qualquer forma, garantir a supremacia para eles. Recorrendo a procedimentos “golpistas”, mas esse tipo de procedimento causa estreitamento na base social e politica, prejudicando o avanço na direção do socialismo. Desta forma é extremamente necessário, que o socialismo seja feito também por pessoas que tenham fé em Deus.
Referência
KONDER, Leandro. O marxismo na batalha das ideias. – Ed. Nova Fronteira: RJ, 1984, p. 43 à 46.