Fichamento
É possível dizer que nem o “tradicionalismo” e nem adotar um método é certo ou errado, o importante é que se saibam complementar as necessidades e exigências de cada contexto, de cada educando. E também que não é retrocesso adotar um livro ou uma cartilha, e que o método X é melhor ou certo que o Y. Há professores que não adotam um método específico, nem se apegam a um livro de alfabetização, mas que dominam em sua prática os princípios permanentes da decodificação e da compreensão, mesmo que não se reconhecendo neles.
O importante é que o professor escolha o eixo organizador do seu trabalho, desde que perceba o sucesso com sua escolha e principalmente que tenha segurança ao eleger os conteúdos e procedimentos. PENSE NISSO!!!
O poema "Educar em três tempos", de Terezinha Matheus Andrade nos faz repensar o professor, neste conjunto de permanências e inovações. No meio de tantas discussões, por vezes coerentes, por vezes contraditórias, o professor se revela sujeito de sua prática, com consciência de suas limitações e avanços.
Eu educo hoje, com os valores que eu recebi ontem para as pessoas que são o amanhã.
Os valores de ontem eu conheço, os de hoje, percebo alguns.
Dos de amanhã, não sei. Se só uso os de hoje, não educo, complico.
Se só uso os de ontem, não educo: condiciono. Se só uso os de amanhã, não educo faço experiências às custas das crianças. Se uso os três, sofro, mas educo. Por isto educar é perder sempre, sem perder-se. Educa quem for capaz de fundir ontens, hojes e amanhãs. Transformando-os num presente onde o amor e o livre arbítrio sejam as bases.