Fichamento

Fichamento do texto 1: História e Educação nas cartas de Vilhena

Luís dos santos Vilhena nasceu em S. Tiago de cassino, Portugal, em 1744. Veio para o Brasil em fins de 1787, para ser professor régio de grego, função que exerceu até 1799 na cidade de Salvador, capitania da Bahia de todos os Santos, onde faleceu em 1814. A sua contribuição para a história do Brasil em geral e para a história da educação, em particular, deve-se, sobretudo, ás suas notícias Sotorepolitanas e Brasílicas, obra composta por 24 cartas escritas da América Portuguesa sob o pseudônimo de Amador Veríssimo de Aleteya, para um suposto amigo em Portugal, chamado Filopono. Dessas vinte e quatro cartas escritas, dezesseis referem-se á Bahia, sete descrevem as demais capitanias e a última apresenta uma proposta para uma nova politica colonial. Mas é a oitava carta que iremos comentar neste trabalho, porque nela Vilhena dedicou-se ao tem educação. Sendo professor, fez uma análise bastante apaixonada de como vivenciava a sua profissão, e expôs seu conhecimento de causa sobre os temas que considerava mais importantes, como questão dos salários, do recrutamento de alunos e do lugar do professor naquela sociedade. Foi durante o reinado de D. João III (1521-1527) que os padres da Companhia de Jesus fundaram em 1542 o seu primeiro colégio no mundo, o Colégio de Goa, então porção Portuguesa na Índia. No mesmo ano abriram outro no Reino, em Coimbra. Na América Portuguesa chegaram em 1549, quando iniciaram sua ação de catequese e educação, com o primeiro colégio na Bahia. Desse modo, os jesuítas detiveram a hegemonia do ensino durante dois séculos, até sua expulsão de Portugal em 1759. Já D. João III havia concedido aos jesuítas todos os privilégios, liberdades, graças e franquezas a que tinham direito os lentes e deputados e conselheiros da universidade. Mas foi o rei D. Sebastião (1557-1578) que definiu, em 1564, uma dotação Régia para a manutenção do