Fichamento
2. O cenário atual e suas incidências na questão social.
“As alterações no padrão de acumulação capitalista, sob a hegemonia do capital financeiro, em resposta à crise do capital que eclodiu no cenário internacional nos anos 1970, vêm se consubstanciado no que David Harvey qualifica de “acumulação flexível””. Pág. 112.
“Tais processos introduzem novas mediações históricas na gênese e expressões da questão social, assim como nas formas, até então vigentes, de seu enfretamento, seja por parte da sociedade civil organizada ou do Estado, por meio das políticas sociais públicas e empresariais [...]”. Pág. 113.
“É no cenário dos anos 1990 – radicalmente distinto das amplas mobilizações políticas e sindicais que tiveram lugar na década de 1980 e que retardaram a implantação generalizada da “terapêutica neoliberal” no país -, que tem sentido pensar ações que possam reverter no fortalecimento de um projeto político-profissional que, desde a década de 1980, vem sendo coletivamente construído pela categoria dos assistentes sociais”. Pág. 113.
“Projeto político profissional que se materializou no Código de Ética Profissional do Assistente Social, na Lei de Regulamentação da Profissão de Serviço Social (Lei 8662/93), ambos de 1993, assim como na nova proposta de Diretrizes para o Curso de Serviço Social da Associação Brasileira de Ensino em Serviço Social – ABESS de 1996[...]”. Pág. 113.
“[...] como reforçar e consolidar esse projeto político-profissional em um terreno profundamente adverso? Como atualizá-lo ante um novo contexto social, sem abrir mão dos princípios ético-políticos que os norteiam?”. Pág. 113.
“Decifrar os determinantes e as múltiplas expressões da questão social, eixo fundante da profissão, é um requisito básico para avançar na direção indicada. A gênese da questão social encontra-se