Fichamento
Forma Vegetal, década 1950 – jacarandá, 92 cm (altura) - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP).
Mario Cravo Júnior (Salvador BA 1923). Escultor, gravador, desenhista, professor. Filho de um próspero fazendeiro e comerciante executa suas primeiras esculturas entre 1938 e 1943, período em que viaja pelo interior da Bahia. Em 1945, trabalha com o santeiro Pedro Ferreira, em Salvador, e muda-se para o Rio de Janeiro, estagia no ateliê do escultor Humberto Cozzo (1900 - 1973). Realiza sua primeira exposição individual em 1947, em Salvador. Nesse ano, é aceito como aluno especial do escultor iugoslavo Ivan Mestrovic (1883 - 1962) na Syracuse University, no Estado de Nova York, Estados Unidos, e, após a conclusão do curso, muda-se para a cidade de Nova York. De volta a Salvador, em 1949, instala ateliê no largo da Barra, que logo se torna ponto de encontro de artistas como Carlos Bastos (1925), Genaro (1926 - 1971) e Carybé (1911 - 1997). Em 1954, passa a lecionar na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia - UFBA. Entre 1964 e 1965, mora em Berlim, patrocinado pela Fundação Ford. Retorna ao Brasil em 1966, ano em que obtém o título de doutor em belas artes pela UFBA e assume o cargo de diretor do Museu de Arte da Moderna da Bahia - MAM/BA, posição que ocupa até 1967. Em 1981 coordena a implantação do curso de especialização em gravura e escultura da Escola de Belas Artes da UFBA. Em 1994, doa várias obras para o Estado da Bahia, que passam a compor o acervo do Espaço Cravo, localizado no Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador.
Escultor reconhecido internacionalmente, Mário Cravo é o maior expoente da Modernidade baiana dos anos 40 e 50. Do mesmo modo que Carybé e Jorge Amado, Cravo colocou em sua obra, neste período, a essência do povo, suas tradições e crenças, seus costumes e mitos. Fez suas primeiras experiências em desenho, gravura e escultura como autodidata no final da década de 30, época em que viajou pelo