Fichamento
OS GRÃOS DO FUTUTO.
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A busca do desenvolvimento sustentável é hoje um dos maiores desafios para a humanidade e, em especial, para o Brasil. Ao longo de séculos, o modelo de desenvolvimento no país tem evoluído do extrativismo e da agricultura de subsistência para uma exploração agroindustrial intensa, com a aplicação de tecnologias modernas e, em muitos casos, com ocupação e utilização desordenada dos recursos do ambiente, o que coloca em risco a base de recursos naturais.
Milagres nas estufas. Depois de fazer os cruzamentos dos melhores grãos e alterar os genes para mudar características, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já faz pesquisas para criar variedades de soja e milho que resistam a períodos mais prolongados sem água. O método que está sendo utilizado é a biotecnologia. Os pesquisadores isolaram um gene relacionado à tolerância à seca e vão introduzi-lo nas plantas comerciais por meio da engenharia genética. “Introduzimos esse gene em plantas modelo e elas se tornaram altamente tolerantes à seca. As plantas não modificadas sobreviveram apenas 15 dias sem água enquanto que as plantas que receberam o gene sobreviveram mais de 40 dias”, diz o pesquisador Eduardo Romano, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
A Embrapa testa as sementes em estufas próprias e no campo, em várias regiões. Milho e soja com resistência à seca, com absorvição de menos água além do glifosato, o Dicamba, começam a virar realidade. A segunda geração da soja transgênica, cuja patente expira em 2014, deve trazer maior rendimento para os agricultores.
As lavouras geneticamente modificadas (ou transgênicas) já são amplamente cultivadas no mundo, inclusive no Brasil, mas não com resistência à seca. As principais características dessas plantas transgênicas usadas no mundo são a tolerância a herbicidas e a resistência a insetos. Nos últimos anos, variedades que combinam esses dois benefícios