Fichamento
Capítulo 1 – A História, os homens e o tempo
O capítulo se inicia reforçando que a palavra história é antiga é já mudou muito de sentido desde que apareceu há dois mil anos. No livro o autor pretende preservar a sua significação mais ampla. O historiador, no entanto, precisa recortar dentro dessa confusa realidade de definição do termo, o ponto particular de suas ferramentas.
Ao discutir qual o objeto da história, o autor nos diz que este não é o passado, mas é aos homens que a história deseja capturar durante um estudo. Por detrás de traços percebidos na paisagem, máquina e utensílios, documentos escritos, são os homens que a história quer apreender. Seria então um exemplo de fato histórico a sociedade que remodela, segundo suas necessidades, o solo em que vive. A interdisciplinaridade como método necessário para tentativa de explicação do fato histórico.
O autor não renuncia a história quanto ciência. Ela é a ciência dos homens no tempo, pois o tempo também é importante para seu estudo. Para o historiador é importante atribuir ao acontecimento seu lugar cronológico nas alternâncias das sociedades. O tempo é um contínuo e perpétua mudança e a dúvida que permeia a pesquisa histórica é se devemos ou não considerar o conhecimento mais remoto para compreender o mais recente.
O autor alerta quanto ao perigo e ambiguidade ao atribuir à palavra origem o significado de “um começo que basta para explicar”. A obsessão das origens presente nas ciências da natureza e na história religiosa estenderam-se a outros campos de pesquisas, como o da história, onde a legitimidade era muito mais contestável. O autor cita o provérbio árabe: ”Os homens se parecem mais com sua época do que com seus pais” para mostrar que não é possível explicar um fenômeno histórico sem estuda-lo dentro do estudo de seu momento.
O passado e o presente devem ser