Fichamento
Docente: Adjoane
Discente: Carlos Augusto Ramos Bezerra, Marcos Souza, Vlademir Moreira
Disciplina: Metodologia do Trabalho Curso: Direito Noturno
A DOMINAÇÃO MASCULINA
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kuhner, 5ªed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007, 160 p.
A divisão dos sexos é concebida, como a conhecemos, em outros termos, de tratar a análise objetiva de uma sociedade estruturada de cima a baixo de acordo com o princípio androcêntrico, como uma arqueologia direta de nosso inconsciente, ou seja, como mecanismo de uma verdadeira socioanálise. As aparências biológicas e os efeitos produzidos pela “socialização do biológico e de biologização do social” permitiu nos corpos e mentes compatibilidade para inverter a relação entre as causas e os efeitos e fazer uma construção social naturalizada. É permissível realizar um questionamento a respeito da história das mulheres, onde, será que as invariáveis se mantêm independentes de todas as mudanças visíveis da condição feminina, e esses aspectos são vistas nas relações de dominação entre os sexos, no decurso da história, não cessaram de arrancar dessa mesma história tais invariáveis? A perpetuação dessa relação de dominação existente aplica-se dentro da unidade doméstica, lugar onde prevalece a concentração da ótica feminina, contudo, em lugares como Escola, ou o Estado, onde há o exercício de dominação dentro do mesmo universo privado, se torna um campo aberto às ações feministas contra todas as maneiras de dominação. A dicotomia sexual parece estar entendida na “ordem das coisas”, para entender o que é normal, natural, a ponto de ser inevitável, estando presente em estado objetivado das coisas, no contexto social, em estado incorporado, nos corpos e nos habitus dos agentes, funcionando como sistemas de esquemas de entendimento, pensamentos e ações. A diferenciação de ordem biológica