Fichamento
Resumo:
A educação destinada às mulheres na década de 30 se desdobraria em dois planos: deveria proteger a família e dar a mulher uma educação adequada ao seu papel familiar. Em 1937 havia um ensino reservado às meninas de 12 e 18 anos, seu conteúdo visava à formação para o lar. O plano de ensino consistia em doméstico geral, domestico agrícola e domestico industrial, todos divididos em dois ciclos, o primeiro formava as mulheres para a vida no lar e havia matérias como português, moral familiar, noções de civilidade, matemática elementar, ginástica e canto. O segundo ciclo formava professoras e os estudos incluíam psicologia, moral, educação familiar, sociologia e, direito da família, economia domestica e contabilidade domestica. O ensino agrícola e industrial era similar ao geral, mas seguia a realidade do campo ou das fabricas. Esse modelo não chegou a ser adotado, a Lei Orgânica do ensino secundário termina por adotar um ensino único com recomendações para o tratamento diferencial dos sexos. A economia domestica ficou definitiva nas escolas secundarias, as associações católicas tiveram uma grande contribuição a este tipo de ensino. Em 1941 Vargas assinou um decreto que regulava o casamento de “colaterais do terceiro grau”, estabelecia incentivos financeiros ao casamento e procriação e facilitava o reconhecimento de filhos naturais. Esse decreto era resultado de um projeto proposto por Capanema que buscava combinar a necessidade de aumentar a população do país e de consolidar e proteger a família em sua estrutura tradicional. Nesse projeto havia outras repercussões mais profundas, uma delas se referia ao mercado de trabalho. O estatuto facilitava o acesso de pais de família as funções e cargos públicos, e proibia a admissão de mulheres senão a serviços