Fichamento - O outro lado do alto-falante cap.2
Discussão de idéias e práticas precursoras da música eletroacústica
Mudanças ocorridas com o próprio ouvinte
A partir do final do século XIX, a invenção e o desenvolvimento de novos meios e instrumentos de reprodução, transmissão e produção de sons passam a alterar profundamente a percepção sonora
A eletrificação da gravação, ocorrida nos anos 1920, inicia o processo de imbricação entre as técnicas de reprodução e produção sonora, que será definitivamente consumado pela representação digital.
Na primeira fase não se leva o instrumento a sério, e o que se admira é apenas sua novidade
A segunda fase trata do processo de deformação de um modo mais genérico:
Adorno prossegue, afirmando que quanto mais perfeita a técnica de reprodução, mais esta se expõe como uma ilusão
A reprodução técnica pode colocar a cópia do original em situações impossíveis para o próprio original” Walter Benjamin. A fotografia, pode “acentuar certos aspectos do original [...] não acessíveis ao olhar humano”, e, no caso do cinema, “fixar imagens que fogem inteiramente à ótica natural”.8
A construção (ao invés da documentação) de um evento supostamente original é prática comum no cinema desde seus primórdios
A partir da segunda metade do século XX, os instrumentos tradicionalmente usados para a reprodução sonora adquirem também o status de instrumentos de produção de música.
2.1.
A música gravada
Thomas Edison, que lançou o fonógrafo em 1877,
Principal função estaria na “redação de cartas e outras formas de ditado” Edison
O grafofone, desenvolvido no laboratório de Alexander Graham Bell e lançado em 1886, foi concebido como um aparelho de escritório.
Ganharam popularidade e rentabilidade a partir de 1889, quando foi desenvolvido um modelo que tocava trechos musicais ou humorísticos após a inserção de moedas.
Nesse mesmo período surge também o mais forte concorrente do fonógrafo, o gramofone (1887), uma criação de Emile Berliner.
As