FICHAMENTO O ESTADO E A REVOLU O11
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Lênin inicia o primeiro capítulo de “O Estado e a Revolução” citando as deturpações da obra de Karl Marx após sua morte (pp.7-8). Ele se vale de trechos do trabalho de Marx e Engels ao longo de todo o livro, começando por retomar a ideia marxiana inicial de que o “Estado é o produto e a manifestação do antagonismo inconciliável das classes” (p. 9). O objetivo do autor, analisando todas as difusões e deformações do marxismo, é o de estabelecer a doutrina de Marx sobre o Estado. O autor avisa que para isso, será necessário citar pesadamente as obras de Marx e Engels, com intuito de fazer o leitor refletir por si só as concepções dos fundadores do socialismo científico. Com isso, começa-se pela obra dita mais divulgada de Engels: “A origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Para Engels, cita o autor, o Estado é um “produto da sociedade em um estado determinado do seu desenvolvimento; é o testemunho de que esta sociedade se envolve numa contradição insolúvel com ela própria, tendo-se cindido em contradições inconciliáveis que não pode resolver” (p. 8). O autor aponta que é nesse sentido em que se começam as deformações do pensamento marxista. E indica dois caminhos principais para esta deformação:1. Estado aparece como conciliador das classes e não como produtor de contradições entre as classes.
Segundo Marx, diz Lênin, o Estado é um órgão que serve para dominação de classe, que produz a opressão de uma classe por outra, é um órgão que permite a criação de uma “ordem” que legitima essa opressão, que tem como consequência a moderação desses conflitos.
2. Atenuação do caráter violento da supressão do Estado pela classe oprimida.
Lênin denuncia que Kautsky afirma que a “emancipação da classe oprimida é impossível, não só sem uma revolução violenta, mas ainda sem a supressão do aparelho do por do Estado que foi criado pela classe dominante” (p.10). Também critica a falácia construída a respeito do braço armado do Estado, que diz que este existe