Higenista
OS HIGIENISTAS: CRÍTICA DA SOCIEDADE E POLÊMICA RACIAL D a célebre frase de Miguel Couto: “O Brasil é um imenso hospital”, em 1916, ao aumento do papel do Estado nas áreas sociais em 1930, os higienistas debateram, opuseram-se e fizeram propostas de intervenção antagônicas, alteraram um quadro político de apatia para um debate polêmico em torno da modernização. Atingiram todos os setores da sociedade com o argumento da higiene. Para eles, Higiene seria uma área de conhecimento da Biologia com o objetivo de melhorar a qualidade de vida humana, prevenir as doenças, aprimorar a saúde, descobrir cientificamente os melhores hábitos para a defesa da saúde individual e coletiva. Com essa autoridade, os médicos prescreveram novos hábitos sobre todas as condições que pudessem afetar, de algum modo, a saú- de, ou seja, todas as atividades humanas - trabalho, escola, moradia, asseio corporal, moralidade. Se o país estava doente, cabia curá-lo, ou melhor, saneá-lo. Muitos “higienistas” tomavam como referência a idéia