Fichamento - A indústria cultural
“Comunicação e Indústria Cultural”, organizado por Gabriel Cohn e publicado pela Companhia Editora Nacional, SP (pp. 287 -295). Capítulo 16
Adorno, T. A indústria cultural.
“A indústria cultural é a integração deliberada, a partir do alto, de seus consumidores. Ela força a união dos domínios, separados há milênios, da arte superior e da arte inferior.” (p.287)
“O termo mass media que se introduziu para designar a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é inofensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar, nem das técnicas de comunicação, como tais, mas do espírito que lhes é insuflado, a saber, a voz do seu senhor.” (p.288)
“As massas não são a medida, mas a ideologia da indústria cultural, ainda que esta última não possa existir sem a elas se adaptar.” (p.288)
“As mercadorias culturais da indústria se orientam, [...], segundo o princípio de sua comercialização e não segundo seu próprio conteúdo e sua figuração adequada. Toda a práxis da indústria cultural transfere, sem mais, a motivação do lucro às criações espirituais.” (p.288)
“ A indústria cultural se transforma em public relations, a saber, a fabricação de um simples good-will, sem relação com os produtores ou objetos de venda particulares. [...] cada produto da indústria cultural é seu próprio reclame.” (p.289)
“Conservam-se os caracteres que primitivamente pertenciam à transformação da literatura em mercadoria. “ (p.289)
“O termo indústria diz respeito à estandardização da própria coisa [...] e à racionalização das técnicas de distribuição, mas não se refere estritamente ao processo de produção.”
“ A indústria cultural mantém-se como na origem “à serviço” das terceiras pessoas, e mantém sua afinidade cm o superado processo de circulação do capital, que é o comércio, no qual se tem origem. [...] Quanto mais desumanizada sua ação e seu conteúdo, mais ativa e bem sucedida é a sua propaganda de personalidades supostamente grandes e o recurso ao tom