Fichamento do texto "A indústria cultural"
CFCH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Escola de Comunicação - ECO
Jamille Bullé C. Dantas
EC2
Tipo de fichamento: citação Adorno, Theodor W. (1987), “A indústria cultural”, in Gabriel Cohn (org.), Comunicação e Indústria Cultural. São Paulo: T.A. Queiroz, 287-295.
Página 287
A indústria cultural é a integração deliberada, a partir do alto, de seus consumidores. Ela força a união dos domínios, separados há milênios, da arte superior e da arte inferior. Com prejuízo de ambos. A arte superior se vê frustrada de sua seriedade pela especulação sobre o efeito; a inferior perde, através de sua domesticação civilizadora, o elemento de natureza resistente e rude, que lhe era inerente enquanto o controle social não era total.
Página 288
O consumidor não é rei, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto. O termo mass media que se introduziu para designar a indústria cultural, desvia, desde logo, a ênfase para aquilo que é inofensivo. Não se trata nem das massas em primeiro lugar, nem das técnicas de comunicação como tais, mas do espírito que lhes é insuflado, a saber, a voz de seu senhor.
As massas não são a medida mas a ideologia da indústria cultural.
Página 289
As produções do espírito no estilo da indústria cultural não são mais também mercadorias, mas o são integralmente.
(...) conservam-se caracteres que primitivamente pertenciam à transformação da literatura em mercadoria.
(...) não de deve tomar literalmente o termo indústria. Ele diz respeito à estandardização da própria coisa (...) e à racionalização das técnicas de distribuição, mas não se refere estritamente ao processo de produção.
A indústria cultural mantém-se como na origem “a serviço” das terceiras pessoas.
Página 290
Ela é industrial mais no sentido da assimilação (...) às formas industriais de organização dos trabalhos nos escritórios, de preferência a uma produção