Fichamento Projeto Interiores
Letícia Cristina Bento
Projeto de Arquitetura e Arquitetura de Interiores
AT6AU
Fichamento do artigo da Revista AU:
Edson Mahfuz fala sobre as fachadas contemporâneas
As fachadas são os limites verticais dos edifícios e como consequência estão entre as partes mais importantes e mais visíveis dele. Assume-se que as fachadas sintetizam as forças do interior e do exterior, por essa razão é nelas que a arquitetura acontece.
Na arquitetura anterior ao século 20 vê-se que as fachadas assumem o papel de sustentação dos edifícios, que explica o número de aberturas reduzido e sua espessura. As fachadas clássicas ainda tinham a capacidade de comunicação representativa devido suas aplicações de elementos ornamentais clássicos. Mesmo com o avanço de técnicas que permitiam construções menos maciças o sistema murário de construção de fachada continuava preso.
Somente após o surgimento da arquitetura moderna foi feita um ruptura com o classicismo e a fachada passou a ser uma ideia legitima e autônoma de qualquer forma. A independência dos elementos estruturais, ou seja, a desvinculação da sustentação e vedação da fachada, ampliou a possibilidade de projetos de fachada assim como o número e tamanho das aberturas.
Apesar da adoção extensiva do vidro notou-se que a fachada não deveria ser completamente uma pele de vidro, devido questões como umidade, frio, calor e excesso de luminosidade. É na década de 30 que a fachada retoma a tridimensionalidade, com a adoção dos brises-soleil ou quebra sol. Os brises ainda ganham uma independência e se tornam uma segunda camada de fachada, com os muros perfurados, restabelecendo o espaço de transição entre o interior e o exterior. Os modernistas ainda receberam críticas dos pós-modernistas, que censuram a arquitetura modernista a chamando de sem comunicação. Um meio proposto por Robert
Venturini é a desvinculação da fachada e o corpo do edifício, que possibilitaria uma infinidade de obras caricatas e com elementos históricos