Fichamento processo semiotico
Vol. 6.n.2, dezembro de 2008 O artigo nos aponta o motivo do qual a relação entre destinador e destinatário (equivalentes a transmissor e receptor no esquema Jacobsoniano) não depende apenas do destinador. A resposta, chama-se: ruído. Levando-se em conta que toda mensagem é transmitida por um meio físico, ela está exposta a influências deste meio, e logo apresentará ruído. Por exemplo: a mistura da voz com os instrumentos em uma gravação (ruído físco), a falta de conexão durante um chat (ruído físico), etc. Apesar da grande obviedade deste aspecto Jacob não apresenta-o em seu esquema, por isso é o grande diferencial entre Silva e ele. Silva dividiu os ruídos em três classes, são elas:
- Ruído Ideológico: Consiste em mal entendimento da mensagem pelo uso de expressões regionais, ou especificas de um trabalho, enfim, fora do âmbito comum de uso.
- Ruído Físico: Seria o mais comum de todos, por exemplo: um ventilador quebrado fazendo barulho dentro de uma sala de aula que acaba afetando na recepção perfeita da mensagem.
- Ruído Semiótico: Este, sem dúvida é o mais complexo. É quando o destinador pressupõe que o destinatário já tenha alguma noção da mensagem a ser transmitida, o que acaba gerando uma lacuna, está lacuna no entendimento é o que chamamos de ruído semiótico. Devido a estas interferências chamadas de ruídos, é que podemos afirmar que o processo de comunicação é dinâmico. Pois, o destinador de uma região diferente do destinatário pode criar uma dúvida na conversa simplesmente por conta de uma expressão não comum a ambos (ruído ideológico), daí o destinário com o interesse em exclarecer sua dúvida pergunta “Mas o que significa isso?”, tornando-se agora o destinador. Ou seja, esse ajuste constante entre destinador e destinatário durante a conversa gera a possibilidade de quebra da linha