Fichamento _ Portes_Capital Social
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PORTES, Alejandro. “Capital Social: origens e aplicações na sociologia contemporânea” Introdução
“(...) o termo não incorpora qualquer ideia verdadeiramente nova para os sociólogos: que o envolvimento e a participação em grupos pode ter consequências positivas para o individuo e para a comunidade é uma noção corrente, remontando a Durkheim e à sua insistência na vida em grupo enquanto antídoto para a anomia e a autodestruição, e à distinção efetuada por Marx entre uma “classe em si” atomizada e uma “classe para si” mobilizada e eficaz.”
“A originalidade e o poder heurístico da noção de capital social provem de duas fontes: em primeiro lugar, o conceito incide sobre as consequências positivas da sociabilidade, pondo de lado as suas características menos atrativas; em segundo lugar, enquadra essas consequências positivas numa discussão mais ampla acerca do capital, chamando a atenção para o fato de que as formas não monetárias podem ser fontes importantes de poder e influencia, à semelhança do volume da carteira de ações ou da conta bancária.”
Definições
“A primeira análise sistemática contemporânea do capital social foi produzida por Pierre Bourdieu, que definiu o conceito como >”. “A definição de Bourdieu torna claro que o capital social é decomponível em dois elementos: em primeiro lugar, a própria posse dos membros o grupo e, em segundo lugar, a quantidade e a qualidade desses recursos.” “(...) a aquisição de capital social requer um investimento deliberado de recursos tanto econômicos como culturais. Apesar de Bourdieu insistir na ideia de que os resultados da posse de capital social e cultural são sempre redutíveis a capital econômico, os processos que produzem estas diferentes formas de capital não o são: cada uma possui a sua própria dinâmica e, em relação à troca econômica, caracterizam-se por menos transparência e maior incerteza.”
“Coleman definiu capital social partindo da sua função, como uma > (Coleman, 1988ª: S98; 1990: 302).”
“De igual