Fichamento Nilton Hernandes
QUESTÕES GERAIS
Verdade, objetividade, realidade... Revendo conceitos
Comunicar, em todas as suas formas, [...] como afirma José Luiz Fiorin (2004: 14), é principalmente a ação do homem sobre outros homens, criadora de relações intersubjetivas que geram e mantêm crenças que se revertem ou não em determinados atos. (p. 17)
Para a manipulação dos jornais funcionar, é necessário, entre outros aspectos, que o público partilhe do mesmo sistema de valores do jornal. Na comunicação, os participantes se constroem e constroem, juntos, o objeto jornal. (p. 18)
AS PRINCIPAIS CLÁUSULAS DO CONTRATO JORNAL-PÚBLICO
“Dizer a verdade”, “separar fatos de opiniões e interpretações”, “ser objetivo e imparcial nos relatos”, “mostrar a realidade” são cláusulas centrais no contrato do jornal com seu público. (p. 18)
A VERDADE COMO UM EFEITO DO DISCURSO
O senso comum vê a realidade como definitiva, pensa a existência de um mundo único e de uma verdade inquestionável. (p. 19)
Ou seja, o que ela vê, sente e interpreta é o que todo mundo também vê, sente e interpreta. [...] O que se vê com o nome de “análise dos jornais e do jornalismo”, até mesmo entre teóricos famosos, não passa de um confronto de visões de mundo: a do analista (que se acha detentor da “verdade”) e a do jornal. (p. 19)
Os jornais, portanto, são instrumentos complexos de poder. A crítica tem de ser construída em outro nível, lançando-se mão de instrumentos de análise que se tentem dar conta das dimensões sensíveis, racionais e passionais mobilizadas pelos jornais no seu processo de persuasão. (p. 19-20)
Na nossa proposta de análise, a atividade humana é pensada em termos de jogos de persuasão para que certos significados sejam aceitos e outros rejeitados. (p. 20)
O rótulo de verdade ou de mentira colocado nos