Fichamento: NAÇÃO, NAÇÕES OS MODERNISTAS E A GERA O DE 30
Luís Bueno, NAÇÃO, NAÇÕES: OS MODERNISTAS E A GERAÇÃO DE 30, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ,2004
ALINE TIEMI COLOMBO YOKOYAMA, LITERATURA
Luís Bueno apresenta um problema em relação a noção tendenciosa que há em relação aos modernistas e Geração de 30. É comum a ideia de que o romance de 30 é um desdobramento do movimento modernista, entretanto, o crítico João Luiz Lafetá, afirma que o movimento de 30 é parte integrante do movimento modernista. Ele acredita que todo movimento possui um projeto estético e ideológico. Assim sendo, afirma também que ambos os movimentos diferenciam-se por suas atribuições de ênfase, ora ideológica , ora estética, e no entanto, não de projetos. Dessa forma, conclui que há apenas modernistas de duas fases, provenientes de um só momento e não modernistas e pós-modernistas. Apesar de Lafetá argumentar esse pricípio de continuidade entre os movimentos, os romancistas de 30 não se viam de maneira alguma como integrante do movimento modernista. Aliás, acreditavam que o modernismo tinha um caráter destruidor, incapaze de construir o que quer que fosse. O modernismo brasileiro tinha ênfase no projeto estético, durante a fase heroica. Nesse período o que predominava era a ideia de um país novo, alimentado por esperanças de que a modernização do país poderia salvar as massas miseráveis. Esse tipo de utopia deu abertura para um estilo vanguardista, em que valoriza-se o presente com o objetivo de projetar o futuro. As propostas de uma visão de nacionalidade, presentes nas produções artísticas, expostas em manifestos, eram uma articulação do passado e presente que sustentavam a utopia modernista. Dissertando mais sobre as características de 30, podemos destacar a ênfase no projeto ideológico. Esse destaque é proveniente do contexto a que estão inseridos. A consciência nascente de subdesenvolvimento, e a oposição a uma