Fichamento Mito Prometético em Hesíodo
1154 palavras
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Mitologia na Cultura GregaAluna: Amanda Teixeira
O episódio do roubo do fogo por Prometeu é retratado duas vezes por Hesíodo de maneira complementar. A versão na Teogonia e em Os Trabalhos e os Dias formam um conjunto e deve ser analisadas como tal.
PRIMEIRO NÍVEL:
Análise Formal da Narrativa
Os Agentes:
Na Teogonia há uma contraposição entre Prometeu de um lado, e Zeus, tendo suas decisões executadas por Atena e Hefestos do outro. Prometeu é definido por sua astúcia e inteligência, e Zeus por sua inteligência de soberano, deus pai, senhor do relâmpago e do céu.
Em Os Trabalhos e os Dias há a oposição entre Zeus e os irmãos Prometeu e Epimeteu. Zeus é auxiliado pelos outros deuses e representa-os. Prometeu e Epimeteu representam os homens: Prometeu é astucio, ardil, embuste, enquanto que Epimeteu é o contrário do irmão e se deixa enganar sempre, assim, os dois irmãos opostos e complementares caracterizam a condição humana.
As Ações:
Toda a narrativa consiste um duelo de astúcia. Na Teogonia, o duelo se desenrola entre os deuses e os homens, ainda reunidos, devendo o resultado do duelo determinar a divisão definitiva de seus quinhões. Em Os Trabalhos e os Dias, deuses e homens já são visto como separados e os dois campos se defrontam: Zeus para os deuses, Prometeu-Epimeteu para os homens.
Em ambos os textos, as ações de Prometeu e Zeus são parecidas, consistindo operações de “esconder”, “dissimular à vista” e ofertas de presentes ardilosos.
Na Teogonia, cada sequencia é introduzida por uma proposição de valor temporal, com indicações de tempo articulando os episódios sucessivos da narração uns em relação aos outros.
O Enredo:
Teogonia – Conclusão
Prometeu oferece um dolos a Zeus, escondendo ossos dentro de um exterior com gordura.
Zeus aceita.
Por ressentimento, Zeus recusa o fogo aos humanos.
Prometeu não aceita e rouba o fogo e dá aos humanos.
Zeus fabrica então e dá aos humanos a mulher, um dolos.