Fichamento Matrizes do Pensamento Psicológico de Luíz Claúdio Mendonça Figueiredo
“ [...] a partir do século XVII pode-se observar claramente uma redefinição das relações sujeito/objeto, [...] A razão contemplativa [...] cede lugar, progressivamente, à razão e à ação instrumental.” (p.11)
“ [...] a finalidade utilitária emerge como justificativa e legitimação da ciência, ao lado da tradicional busca da verdade objetiva. [...] é na obra do filósofo Francis Bacon [...] que este novo modo de existência prático-teórico aparece de forma suficientemente sistematizada e nítida para caracterizar a alvorada de uma nova era.” (p.11-12)
“ Desde então, de Bacon e Descartes às filosofias da ciência do século XX [...] a subordinação do conhecimento científico à utilidade, à adaptação e ao controle, bem como a modelação da prática científica pela ação instrumental alcançaram realce cada vez maior.” (p.12)
“ [...] a instrumentalidade do conhecimento converte-se numa das determinações internas da ciência, [...] O “real” [...] é apenas o real tecnicamente manipulável, [...]” (p.13)
“ [...] Francis Bacon [...] ,na sua doutrina dos ídolos do conhecimento há uma luta sistemática [...] contra as inclinações inatas ou aprendidas do homem que bloqueiam ou deformam a leitura objetiva do livro da natureza [...]” (p.14)
“Na doutrina dos ídolos e na dúvida metódica encontram-se, [...] todos os discursos de suspeita que a Idade Moderna elaborou para identificar e extirpar ou pelo menos neutralizar a subjetividade empírica.” (p.15)
“Embora difícil de obter [...] a evidência empírica ainda era para Bacon [...] a base segura para se fundar e validar o conhecimento objetivo. Já no século XVII, [...] a doutrina das qualidades primárias e secundárias adotadas por Galileu e Descartes introduz uma suspeita exatamente em relação à confiança na percepção.” (p.16)
“[...] Hegel e Marx contribuiram para a