Fichamento Maquiavel O Príncipe

Nicolau Maquiavel em sua obra O Príncipe, discorre sobre como um governante, o príncipe, deve manter a estabilidade de seus territórios, sejam estes hereditários ou mistos (territórios anexados). Ele versa sobre práticas e ações que devem ser adotadas e outras que devem ser evitadas, justificando com exemplos de sua época. O autor escreve baseado na realidade “verdade extraída de fatos”, fazendo diferente de outros que escreveram sobre principados e repúblicas imaginárias (pg. 59). Quando um príncipe conquista um determinado estado é melhor que mantenha as leis e os impostos e não interfira na cultura local. Desse modo, a população não irá odiá-lo e não nutrirá desejo de vingança, se acostumando com o novo senhor ao passar do tempo. Também é aconselhável que o príncipe vá habitá-lo, pois assim poderá resolver rapidamente as desordens que se sucederem (pg. 7). Não deve contar com exércitos de mercenários ou auxiliares, pois estes só prestam fidelidade a que lhes convém (pg. 47). Maquiavel também fala da diferença das conquistas feitas com fortuna e virtude. É fácil conquistar um estado pela fortuna, mas será demandada muita virtude para mantê-lo (pg. 24), por outro lado, se conquistado com virtude mais fácil será conservado (pg. 21). Os Principados Eclesiásticos podem ser conquistados pela fortuna ou pela virtude, mas não precisam nem de uma nem de outra para serem mantidos (pg. 44). Ao governar, o príncipe precisará saber gerir as crueldades (necessárias) e as benevolências. O mal, quando inevitável, deve ser feito de uma vês só e ser justificado para que o povo o tema, e o bem deve ser feito aos poucos, para ser lembrado por mais tempo (pg. 37). Para o autor, é essencial que o príncipe mantenha seu povo como amigo, que dependa do estado, só assim sempre lhe será fiel (pg. 40). O melhor é que o Príncipe seja amado e temido, mas o temor é preferível ao amor, caso não se possa ter ambos, no entanto nunca deve ser