Fichamento - Manifesto Comunista
Instituto de Ciência Política - IPOL
Introdução à Ciência Política
Docente: Carlos Machado
Discente: Mayra Dutra - 14/0028650
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do partido comunista, 2ª edição. Lisboa: Avante!, 1997 [1848].
Logo no início do Manifesto Comunista, encontra-se a primeira ideia decisiva do texto: a ideia de que a história humana é caracterizada pela luta entre classes sociais. A definição destas classes comporta o antagonismo entre opressores e oprimidos e tende à polarização unicamente nesses dois blocos. (pp. 29-30, 49)
Em seguida, encontram-se duas formas de contradição existente na sociedade capitalista para os autores. A primeira é a contradição entre as forças de produção e as relações de produção, uma vez que os meios de produção desenvolvem-se rapidamente enquanto as relações de produção transformam-se em ritmo muito mais lento. (pp. 32-36)
A segunda contradição é entre o aumento de riquezas nas mãos da minoria burguesa e a miséria crescente da maioria operária. Esta contradição é originária da primeira e só ocorre porque o crescimento dos meios de produção não gera aumento da qualidade de vida dos trabalhadores, mas sim um processo proletariado, pois este se constituirá, segundo os autores, numa unidade social que aspira à tomada do poder e à transformação das relações sociais. Para eles, a revolução do proletariado marcaria o fim das classe sociais e do antagonismo da sociedade capitalista. (pp. 36, 38-41)
Mesmo que a ênfase dos autores tenha sido nas duas classes principais estudadas, Marx e Engels reconheciam a existência de classes intermediárias. Porém, segundo eles, estas classes estariam sujeitas a se dissolverem aos poucos, pendendo para um dos dois extremos, mais tendenciosamente para o proletariado. Isto porque estas classes não possuem, segundo Marx, iniciativa ou dinamismo histórico suficiente para manterem-se firmes quando a luta entre as principais eclodir. (pp. 37, 39, 54)