Fichamento Iamamoto, Relações sociais e serviço social, cap III
IAMAMOTO, Marilda Vilela. CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e serviço social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 15.ed. São Paulo, Editora Cortez, 2003.
Cap. III
1- O Estado Novo e o Desenvolvimento das Grandes Instituições Sociais
- “A historiografia oficial admite que a partir de 1937, com a implantação do Estado Novo – precedida pelo aplastamento do movimento operário autônomo e liquidação das dissidências oligárquicas- se encerra o período de transição iniciado com a Revolução de 30. A fase que se abre é marcada pelo aprofundamento do modelo corporativista, cuja tônica é dada pela nova Carta Constitucional outorgada logo em seguida ao golpe de Estado, e por uma nítida política industrialista.” (p.235)
- “Observa-se, a partir desse momento, uma política econômica que se coloca nitidamente a serviço da industrialização, procurando reverter para esse polo os mecanismos econômicos naturalmente voltados para a sustentação da agro- exportação. O Estado busca de diversas formas incentivar as indústrias básicas- tornando-se em última instância produtor direto através de empresas estatais e de economia mista- que viabilizem a expansão do setor industrial(...) A participação direta da burguesia industrial- principal beneficiaria dessa política- na gestão do Estado aparece no quadro corporativo através de suas entidades representativas, que indicam delegados para as principais agências que têm a seu cargo planejar e implementar as políticas estatais.” (p.236)
- “Enquanto até a década de 1920 esse mercado é abastecido por resíduos do fluxo principal que da Europa é dirigido e subvencionado para sustentar a expansão da economia cafeeira, a partir da década seguinte receberá essencialmente uma força de trabalho liberada pela capitalização interna da agricultura. O afluxo continuado de populações não adaptadas à disciplina e condição de vida e trabalho industrial-urbano, ao alterar continuamente a composição política e social da