Fichamento do Livro A Opinião Pública
PREFÁCIO
(pág. 11) Medo e desconfiança às massas e às pulsões humanas irracionais, descrença na democracia e fé pública depositada em figuras carismáticas são algumas das manifestações que autores variados passaram a fazer sobre a organização social e a política a partir do fim do século XIX face às transformações produzidas no mundo com a urbanização, a industrialização, a massificação, e a conflitos de natureza variada que culminariam por fim com as grandes guerras mundiais.
(14) Essa formulação sobre o papel da mídia na formulação da opinião pública [doravante OP] está mais próxima do moderno conceito de propaganda do que propunha a clássica teoria democrática. Diz o argumento de Lippmann que naturalmente as pessoas são egoístas, interessadas em seus propósitos particulares, não raro mesquinhos, e a imprensa simplesmente vai ao encontro desta necessidade do auto-interesse.
(15) Não devemos, pois, confundir notícia com verdade, diz ele em Opinião Pública. Cabe a verdade iluminar fatos escondidos, relacionando-os com outros a fim de produzir uma imagem da realidade que permita às pessoas agirem. Ao jornalismo caberia simplesmente sinalizar os eventos.
(15) [...] a ação política deveria ser deixada a critério dos poucos bem-informados homens de ação. [...] O público é visto como um fantasma, pois a pessoa comum não consegue ter opinião de qualidade sobre assuntos políticos [...]
PARTE I – Introdução
1 – O MUNDO EXTERIOR E AS IMAGENS EM NOSSAS MENTES
(22) [...] o que acreditamos ser uma imagem verdadeira, nós a tratamos como se ela fosse o próprio ambiente. [...] Elas foram à busca da Índia e encontraram a América. Elas diagnosticavam o mal e enforcavam mulheres idosas. Elas pensavam poder enriquecer somente vendendo e nunca comprando.
(27) Os símbolos da opinião pública, em tempos de razoável segurança, estão sujeitos à crítica,