Fichamento do Livro Espírito Santo: O Deus que vive em Nós
“Seguramente o Espírito Santo é a pessoa da Trindade que menos atenção tem recebido no curso de história da Igreja, bem como por parte dos teólogos nestes dois mil anos de reflexão teológica”. p. 1.
“Muito se fala sobre Deus o Pai e como ele age. Também a Cristologia (doutrinas relacionadas à obra de Cristo) tem recebido atenção especial, e a tal ponto que muitas vezes nem sabemos que fazer com tantas teologias a respeito da natureza e da obra de Jesus. Quanto ao Espírito Santo, aparece em doutrinas mofadas nos pesados livros de teologia sistemática, os quais raramente o povo de Deus abre e folheia; só mesmo os teólogos mais meticulosos o fazem”, p. 7.
“Então que é, de fato, o Espírito Santo? Antes de mais nada faço essa afirmação categórica – que aliás talvez à grande maioria pareça redundante: o Espírito Santo é Deus. Ele não é uma emanação secundária da divindade, como pensava o presbítero Ário, de Alexandria, ai por volta do ano 300. Ário propagara a doutrina de que Deus, o Pai, criara Jesus Cristo, e o Filho criara o Espírito Santo e o enviara à terra. Essa doutrina ganhou algum espaço na Igreja Cristã, até que no ano 325, o credo niceno estabeleceu que Deus-Pai, Filho e espírito Santo, são igualmente Deus; ou seja, um só Deus em três pessoas”. p. 7.
“Esse texto afirma que o Espírito Santo continua atuando hoje na perspectiva de renovação da natureza e do cosmos. Deus não apenas criou, mas continua mantendo, renovando e criando dentro da criação. O texto se refere, pois, à preservação da vida dizendo que Deus prossegue mantendo-a através do envio do seu Espírito (V.30). dessa forma poderíamos dizer que vivemos em uma Natureza Carismática. Ou seja, poderíamos ver na chegada da primavera uma manifestação de uma espécie de pentecostes natural, uma explosão de graça, uma tremenda renovação da vida, um testemunho da permanente possibilidade de avivamento.