fichamento do livro de Durkheim, Émile
No primeiro capitulo, de modo geral, Émile Durkhein explica como se configura o objeto da sociologia. Para isso, discorre sobre a diferença que há entre o fato social visto por outras áreas e o percebido pela sociologia. Nesse sentido, explica que, a Sociologia deve analisar os fatos sociais e caracterizá-los por três aspectos fundamentais localizados na relação entre indivíduos e grupo, são esses, a externalidade, coercitividade e generalidade.
Durkheim exemplifica e caracteriza o fato social através de dois aspectos específicos, aqueles cristalizados em crenças e práticas constituídas (regras jurídicas, sistemas lingüísticos, financeiros etc..) e outros chamados de correntes sociais, cuja expressão não possui forma cristalizada e/ou regular- nesse caso são pensadas as manifestações coletivas em assembléias e situações de grande excitação. Nesse esquema explicativo, Durkheim aponta que, em ambos casos, há o elemento comum da pressão externa ao individuo, ou seja , elabora uma sistematização lógica capaz de generalizar diferentes tipos, sem perder de vista o argumento central e sistematização da sociológica – o Fato social.
No segundo capítulo, o autor aponta as bases epistemológicas e metodológicas e sua forma de análise. Chama a atenção para o perigo de inserir prenoções e/ ou visões do espírito nas análises sociológicas, uma vez que, tal atitude serve muito mais como justificativa ou base de uma idéia do que, como análise do real, passível de comprovação. Segundo o autor: “Em vez de observar as coisas, de as descrever, de as comparar nos contentamos em tormar consciência das nossas idéias , em analisá-las, em combiná-las. Em vez de ciência de realidades, não fazemos senão uma mera análise ideológica.” (P.42). Para escapar desses obstáculos, Durkheim enfatiza, com certa tranquilidade, que, as características dos fatos sociais são suficientes para