fichamento do livro capitães da areia
Por Marcela Rodrigues Ferreira, nº8
Santos, 3 de junho de 2013
Colégio “Stella Maris”
I - Cartas à redação
As cartas mostram recortes de matérias no Jornal da Tarde tratando dos crimes cometidos pelos capitães da areia. A imagem que é criada destes jovens é de criminosos muito perigosos, principalmente sob o olhar da alta sociedade, uma vez que praticam assaltos à casa do comendador José Ferreira entre outros. Após esta matéria, o secretário do chefe de polícia envia uma carta ao jornal desculpando-se pela falta de intervenção da polícia no caso do assalto com a justificativa de que tal intervenção não fora solicitada pelo juizado de menores. A carta tem grande repercussão e é seguida por uma sequência de outras cartas, sendo elas enviadas pelo Dr. Juiz de menores, uma costureira, Pe. José Pedro e Diretor do reformatório, estes argumentando sobre a possibilidade de os Capitães da Areia serem encaminhados a um reformatório, e se o estabelecimento seria propício para o ensinamento dos “bons costumes” a jovens delinquentes. Neste capítulo, é perceptível uma forte crítica do autor, Jorge Amado, aos reformatórios, que seriam verdadeiras escolas do crime.
"- Ele disse que eu era um tolo e não sabia brincar. Eu respondi que tinha uma bicicleta e muito brinquedo. Ele riu e disse que tinha a rua e o cais. Fiquei gostando dele, parece um desses meninos de cinema que fogem de casa para passar aventuras."
II – O Trapiche
Trata-se da descrição do lugar onde viviam os Capitães da Areia, sua casa, seu refúgio. Uma grande mansão abandonada à beira da praia. Conta como Pedro Bala se tornou chefe dos Capitães da Areia, após uma violenta briga com o antigo chefe Raimundo, o Caboclo, que lhe deu uma cicatriz para toda a vida. As condições de vida dos garotos era miserável, vestiam-se de farrapos e passavam fome.
"Vestidos de farrapos, sujos, semiesfomeados, agressivos, soltando palavrões e fumando