Fichamento do capitulo 6 - história da arte
“As igrejas e salas de reunião que existiam eram pequenas e de aspecto insignificante. Mas quando a Igreja passou a ser o poder supremo no reino, todo o seu relacionamento com a arte teve, necessariamente, que ser reexaminado.” A igreja cristã foi estabelecida com plenos poderes pelo imperador Constantino. O lugar dos cultos não podia ser como os antigos templos, foram adotados um tipo especial de espaço conhecido, como “basílica”. As basílicas eram destinadas à realização de assembleias, posteriormente é que foram adaptadas como templo de cristãos. Eram espaços de reunião destinados a assembleias cívicas, funcionando muitas vezes como tribunais ou espaços comerciais (lota/leilões), tornando-se um edifício central e indispensável em qualquer cidade importante. A basílica era um edifício grande, geralmente composto por uma nave central, duas colaterais e uma ou mais ábsides. As naves laterais são mais baixas, por forma a não obstruir as janelas altas na parte superior da nave central. Numa posição bem visível, ao fundo, estava à tribuna que mais tarde seria adaptada transformando-se no altar e no púlpito do culto cristão. “A questão de como decorar essas basílicas foi muito mais difícil e séria, porque o problema geral da imagem e de seu uso na religião ressurgiu e suscitou violentas disputas.” Os cristãos eram contra a estatuária, temerosos do pecado da idolatria, que condenavam e denunciavam nos pagãos. As estátuas das divindades mitológicas, nuas, regulares e de belas de forma que falavam aos sentidos, eram encarnações do mal aos olhos cristãos, sugestões do demônio, tentações. Sabe-se que, nessa fase e, principalmente, depois do reconhecimento, os cristãos lançaram-se, num zelo fanático e cego, insuflados pelos sacerdotes, à destruição de ídolos pagãos. Desapareceram assim, irreparavelmente, numerosas obras de arte da antiguidade clássica