Fichamento de texto Cultura
Profª Sônia Queiroz
HAVELOCK, Erick. In:___. Cultura escrita e oralidade: A equação oralidade-cultura escrita. Tradução de Valter Lellis Siqueira. São Paulo, SP: Editora Ática S.A., 1995. P. 17-34.
“Atualmente, as expressões oralidade e oralismo têm sentido diferente, expressando conceitos que já se estenderam para além de Homero e dos gregos. Caracterizam sociedades inteiras que têm se valido da comunicação oral, dispensando o uso da escrita. E, por fim, são usadas para identificar um certo tipo de consciência, que se supõe ser criada pela oralidade ou que pode se expressar por meio dela.”
“Esses conceitos tomaram forma à medida que se opuseram á cultura escrita, também considerada como condição social e estágio mental, com seus próprios níveis de linguagem e de conhecimento expressos por meio da grafia. Ambas, a oralidade e a cultura escrita, individualizam-se ao serem contrapostas, embora possam ser vistas ainda como interligadas em nossa própria sociedade. [...] A relação entre elas tem o caráter de uma tensão mútua e criativa, contendo uma dimensão histórica [...] e outra contemporânea [...]”
Conforme Havelock, alguns intelectuais que tinham interesse pela oralidade fizeram algumas obras para falar sobre o assunto, porque acreditavam que havia chegado o grande momento. Alguns nomes foram: McLuhan (1962), Lévi-Strauss (1962), Jack Goody e Ian Watt (1963) e o próprio Erick Havelock, também em 1963.
“Para McLuhan, a revolução era mais um fato da vida moderna, agora totalmente reconhecido.[...] Fez da oralidade o tema de investigações em andamento em vários institutos e departamentos de universidades devotados ao estudo da tecnologia das comunicações.”
“Para Lévi-Strauss, o enfoque estava nos mitos do passado, e não nas tecnologias do presente e, em geral, empregou termos textuais, e não orais, para descrever as estruturas bipolares que identificava em mitos tribais, tentando seus leitores a verem quase uma consciência de