Fichamento Cabanes

O maior desafio do historiador da Antiguidade seria a escassez de fontes históricas relacionadas ao período estudado. A situação totalmente oposta encontra o historiador do século XXI, que para realizar suas pesquisas sobre a contemporaneidade dispõem de inúmeras fontes de pesquisa. No entanto, põe-se em dúvida a veracidade de tais numerosas fontes.
O historiador da Antiguidade não pode ignorar a pouca quantidade de fontes históricas do período estudado que chegou até suas mãos, pois tudo que ele possui foi o encontrado até o momento com base em escavações. Ele precisa extrair o máximo de informações coerentes da fonte histórica que até então foi encontrada.
Cabanes (2009, p. 63) nos diz que devemos valorizar ainda mais as escassas fontes provenientes da Antiguidade, não devendo negligenciar nada que ela contém, mas sem querer tirar mais do que possuem.
Cabe ao historiador da Antiguidade, que não disponibiliza de fontes diversas como impressões ou de outros tipos variados de arquivos, interpretar a função de determinado objeto no seu tempo. O mesmo não significará nada se não for posto no contexto de sua época e local de origem.
Essa descoberta pode revelar, além do material usado em sua confecção, a técnica na qual foi concebido e sua finalidade, uso ou importância. Todavia, sem alguém para interpretá-lo corretamente, não passará de um eco do passado, que sobreviveu até gerações atuais sem contar a história que pode conter.
A pesquisa da história antiga não está terminada quando as teorias sobre determinado povo são confirmadas por alguma descoberta histórica por meio de fontes encontradas no local da escavação. É necessário atentar-se aos diferentes níveis de solo, observando o nível tecnológico e cultural dos achados em cada nível da região da escavação.
Entretanto, ainda há muito que se “redescobrir” em relação à Antiguidade, algumas fontes redescobertas podem confirmar ou confrontar informações retiradas da fonte anterior. Então, é a vez do