Fichamento biografia de adolfo caminha
O texto é iniciado com a linha cronológica narrativa do nascimento e crescimento de Adolfo Caminha. “Diz ainda que aos treze anos de idade foi o menino levado para o Rio de Janeiro, pois seu tio-avô Álvares Tavares da Silva (...) chamou a si os encargos de sua educação, matriculando-o, afinal, na antiga Escola de Marinha”. (p. 20)
Ainda como aluno, é apresentado ao leitor como rebelde e contestador, levantando, ele, Adolfo Caminha, temas nada agradáveis de se levantar à época. “Por essa época era o uso nos navios de guerra o castigo da chibata. Havia até uma lei que determinava o número de açoites, de conformidade com a falta cometida pelo marinheiro; mais isto não era rigorosamente observado, e muitas vezes, por qualquer coisa sem maior gravidade, o praça era castigado com cem ou duzentas chibatadas.” (p.22).
Revoltado, ele redige uma espécie de manifesto denunciando e criticando tal atitude. Múcio Leão, oportunamente, em artigo no Jornal do Brasil de 3 de abril de 1958, recorda que foi exatamente o uso da chibata nas Forças Armadas Marítimas que desencadeou a histórica Revolta da Chibata. (p. 23).
A mesma chibata é abordada em Bom Crioulo, recorda Sânzio de Azevedo. Assim, inicia pelos capítulos que se seguem uma análise detalhada das principais temáticas citadas e/ou exploradas em toda sua obra, desde crônicas até notas de repúdio a críticas feitas a suas obras.
No que concerne a Bom Crioulo, o autor afirma que “Amaro nas poucas vezes em que havia estado com mulheres, “dera péssima cópia de si como homem” e, ao se aproximar do grumete, sentia, como diz o próprio narrador, “uma sede tantálica de gozo proibido”. Os dois estavam sempre juntos. O negro ensinara o portar e o vestir adequado de um marinheiro ao pequeno grumete.” (p.112)
O autor, ao longo de todo o capítulo, faz uma análise crítica da obra, citando, como referências suas vários autores, tais como: