Fichamento As aventuras de Karl Marx contra a pulverização pós-moderna das resistências ao capital.
O objetivo do texto é analisar criticamente as bases teóricas do pensamento pós-moderno que levam à defesa de um posicionamento fragmentado e meramente heterogêneo frente à lógica do capital.
O pós-modernismo, enquanto pensamento político-ideológico parte da premissa que a sociedade hoje em dia viveria uma época de fragmentação
Cada uma das micro-identidades teria como perspectiva política a atuação para as distintas e específicas formas de opressão e poder que atingem esses distintos e autônomos campos da vida social.
A questão do poder passa a ser parte importante do pensamento de Foucault a partir de um determinado momento, fazendo com que a genealogia do poder se torne o projeto central de sua reflexão.
Assim, verdade é poder, um conjunto de procedimentos intimamente relacionados a sistemas e efeitos de poder.
Se o poder não tem centro, trabalha-se com o local, o micro, o corpo, o hábito.
O principal problema de Foucault com o marxismo, segundo ele próprio, seria duplo:a consideração da estrutura de poder como algo unitário, centralizado dentro da lógica de opressão do capital frente ao trabalho; e a pretensão, inerente a essa teorização, de se constituir como uma forma de poder.
Se o poder não é centralizado, mas fragmentado, e, portanto, seus detentores e mecanismos de operação tampouco são unificados, mas dispersos e diluídos, um combate a essas formas de opressão só poderia advir de um confronto também fragmentado, multifacetado, o que coloca o enfrentamento político contra a realidade do poder no terreno das chamadas micro-contestações fragmentadas.
As lutas fragmentadas não têm nenhuma chance de vitória frente ao capital, enquanto exasperarem a lógica isolacionista de cada uma delas. E isto por uma razão