Fichamento: “argumento de autoridade x autoridade do argumento” de pedro demo.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS – DIREITO NOTURNO
DATA: 27/09/2012

FICHAMENTO: “Argumento de autoridade X autoridade do argumento” de Pedro Demo.

CAPÍTULO I

Durante a história, mais especificamente no inicio da idade moderna, temos um marco no estudo da autoridade do argumento, onde, até a idade média, apenas o argumento da autoridade era adotado, o qual constituía explicações a partir de entidades divinas. Demo inicia dizendo que o argumento de autoridade não deveria valer, mas vale. Diz que um texto tem força de argumento por si, e não pela pessoa que profere as ideias.
É normal admitir-se à palavras de terceiros, muitas vezes, por falta de alternativas ou conhecimento profissional, onde uma pessoa de uma classe superior acaba impondo suas ideias para outros concordarem mesmo sem o consentimento destes.
O grande problema do argumento de autoridade é o abuso do arbítrio, quando desaparece o argumento e fica apenas a autoridade. A autoridade autoritária assemelha-se à ditadura, a qual, segundo o autor, prolonga-se por falta de inteligência dos subordinados.
No entanto, não é possível se livrar do argumento de autoridade pois isto suporia acabar com a politicidade da sociedade. A solução apresentada para suprimir esses defeitos é apenas controlar o argumento, para que não se torne a única referência. Acabar com a autoridade é também um ato autoritário.
Com a chegada do pós-modernismo, apareceu a ciência autocrítica, ela trouxe o fim da colocação de métodos e teorias acima da realidade. A realidade pode ser linear, onde o ser humano é capaz de captá-la e reproduzi-la, e a não-linear a qual trás a capacidade de inovação.
O argumento se adapta à realidade, os fatos não são lineares, portanto não podem ser explicados segundo uma regra única. O autor afirma que conhecer é ter capacidade de criticar, aceitar ser criticado, e também de se autocriticar.
A discutibilidade dos argumentos é o critério mais aceitável no