Ficha do artigo “Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Capítulo I: da linguagem e da carne.” LAQUEUR, Thomas.

968 palavras 4 páginas
Thomas Laqueur elabora uma obra em que a biologia ea medicina desempenham um papel tão importante quanto a própria história. Seguindo a estrutura da pesquisa, o livro é dividido em seis capítulos, cujo conteúdo pode ser seccionado em duas partes: antes da Europa ilustrada e depois da ilustração. Ambas temporalidades são aboradas por Laqueur pela perspectiva analítica do desentranhamento das manifestações discursivas que têm acompañado há muito tempo à literatura médica sobre o corpo humano e os estudos médicos em geral. Esta anáilise histórica leva ao autor a concluir que o sexo, como o ser humano, é contextual.
Todo o trabalho pode ser considerado uma excelente exemplificação, a partir da história da ciência, de como os conceitos de gênero (de manera muito esquematica, diferenças sociais e culturais atribuídos a indivíduos com base no seu sexo) e sexo (diferenças naturais, biológicas) são construídas historicamente, articular e influenciam-se mutuamente.

O autor revela através de uma variedade de fontes médicas, principalmente sobre reprodução e sexualidade, a mutabilidade das explicações científicas que constroem o sexo como categoria natural e biológicas, formando um quadro histórico da Grécia clássica através do Renascimento e do Iluminismo, e demonstrando que ao longo da história "quase tudo que se queira você dizer sobre sexo tja contém em si uma reivindicação sobre o gênero” (Laqueur 2001:23). Ou o que é o mesmo, que o conhecimento científico gerado sobre a diferença sexual é profundamente influenciado por as relações assimétricas de poder entre homens e mulheres próprias de um sistema social de dominação masculina.

O autor identifica duas fases na história das representações científicas do sexo, ou dito de outra forma, identifica dois modelos conceptualitzantes no processo de construção do corpo.

A primeira fase, “sexo unico" (masculino) ou modelo unisexo, existente desde a antiguidade, segundo o qual as mulheres são essencialmente homens,

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