Ficha de Leitura
Paulo:Cortez, 2004.
Palavra chave
P.
Texto
PARADIGMA DOMINANTE
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O modelo de racionalidade que preside a ciência moderna
Modelo de constituiu-se a partir da revolução científica do século XVI e foi racionalidade desenvolvido nos séculos seguintes basicamente no domínio das ciências naturais.
Sendo um modelo global, a nova racionalidade científica é Ruptura novo também um modelo totalitário, na medida em que nega o paradigma caráter racional a todas as formas de conhecimento que se não científico pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas. É esta a sua característica fundamental e a que melhor simboliza a ruptura do novo paradigma científico com os que o precedem.
[...] os principais traços do novo paradigma científico. Cientes de
Separação
que o que os separa do saber aristotélico e medieval ainda do saber dominante não é apenas nem tanto uma melhor observação dos aristotélico e fatos como sobretudo uma nova visão do mundo e da vida, os medieval protagonistas do novo paradigma conduzem urna luta apaixonada contra todas as formas de dogmatismo e de autoridade. Ao contrário do que pensa Bacon, a experiência não dispensa a Observação teoria prévia, o pensamento dedutivo ou mesmo a especulação, dos fatos mas força qualquer deles a não dispensarem, enquanto instância de confirmação última, a observação dos factos.
Deste lugar central da matemática na ciência moderna derivam
Medições
duas consequências principais. Em primeiro lugar, conhecer significa quantificar. O rigor científico afere-se pelo rigor das medições. As qualidades intrínsecas do objecto são, por assim dizer, desqualificadas e em seu lugar passam a imperar as quantidades em que eventualmente se podem traduzir. O que não é quantificável é cientificamente irrelevante. Em segundo lugar, o método científico assenta na