Ficha de leitura
Texto: GALBRAITH, John Kenneth. A economia das fraudes inocentes. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Introdução:
- “Este ensaio abordará como grandes sistemas econômicos e políticos – a partir das pressões pecuniárias e políticas e dos modismos de nossa época – cultivam sua própria versão da verdade, que não tem, necessariamente, relação alguma com a realidade. Ninguém é particularmente culpado; tendemos a acreditar no que é conveniente. Deveriam estar atentos a esse fato todos os que estudaram economia, todos os que hoje são estudantes e todos os que têm algum interesse na vida econômica e política. É a ele que servem – ou a ele não se opõem – os influentes interesses econômicos, políticos e sociais.” (p.11)
1. A natureza da fraude inocente
- Não há senso de culpa ou responsabilidade na fraude;
- Decorrem da economia tradicional e de seu ensino ou das visões habituais da vida econômica;
- Pode resultar em amparo a interesses individuais e coletivos e chegar a atingir a credibilidade e a autoridade do conhecimento comum;
- “O que prevalece na vida real não é a realidade, mas os modismos e interesses financeiros” (p.16-17);
2. O novo nome do sistema
- Problema do nome “capitalismo”, que está desgastado: a) os donos do capital não tem mais o poder (como se verá); b) evoca uma história amarga;
- Fala-se em “sistemas de mercado”;
- Na Europa, capitalismo evocava o poder de propriedade e a magnitude da submissão dos trabalhadores – incitava uma revolução;
- Nos EUA, capitalismo significava exploração nos preços e nos custos – invocou controles legais, pelo Poder Judiciário e regulamentações;
- Rivalidade entre cartéis de armas pode ter impulsionado a I Guerra Mundial – lucro das empresas armamentistas;
- Especulação imobiliária nos EUA gerou o crash da Bolsa em 1929;
- Expressões usadas: livre iniciativa, social-democracia, New Deal e, por fim, “sistemas de mercado”;
- Sistemas de mercado é uma FRAUDE – poder cada vez maior do