Ficha de leitura Panovsky

INTRODUÇÃO
Erwin Panofsky foi um historiador de arte e professor universitário alemão. Ao longo de uma vida de 76 anos (1892-1968), Erwin Panofsky traçou uma carreira académica que teve início na Alemanha, na universidade de Friburg, onde se graduou ao defender uma tese sobre o pintor Albert Dürer. Doze anos mais tarde, em 1926, lecionaria na Universidade de Hamburg até ser pressionado a abandoná-la pelo partido nacional socialista alemão, em 1933. Desse momento partiria para os Estados Unidos da América onde acabaria por viver o resto da sua vida e fazer uma carreira académica brilhante. Primeiro começou por ensinar na Universidade de New York onde já tinha começado uma ligação desde 1931, e em 1934 tornar-se-ia também professor na Universidades de Pricenton onde, em 1935, acabaria por se juntar ao recém-formado Institute for Advanced Study de Princeton. As duas academias mais importantes das quais Panofksy foi membro foram a American Academy of Arts and Sciences e a British Academy.
Neste trabalho pretendeu-se analisar de forma sucinta, um texto de Erwin Panofsky intitulado de: “Iconografia e Iconologia: uma introdução ao estudo da arte da Renascença”. Nele encontraremos a divisão em três partes da analise do processo de interpretação de uma obra e o surgimento dos conceitos de iconografia e iconologia e que implicações isso teve no contexto da época renascentista.

AS TRÊS PARTES DO SIGNIFICADO
O motivo de estudo em que nos debruçámos foi na compreensão geral de um texto de Panofsky anteriormente referido. Nele somos convidados a entrar no universo Renascentista sob a questão do valor comunicativo das obras, tanto na sua forma como na sua expressão cognitiva. Numa palavra, o processo que se desenvolve da parte de quem observa uma obra de arte e daí retira significado. Esse desenvolvimento é dividido, por Panofsky, em três partes nomeadas e ordenadas da seguinte forma: significado primário ou natural, significado secundário ou