fffffffffff
Valentina se sentou. Sentia-se cansada. Não apenas fisicamente, mas emocionalmente também. Mas “uau”, o professor era lindo, ah, isso ela não negava. E ela faria tudo que ele pedisse. A voz, calma e serena, controlava seus sentidos... O problema é que ela não aguentava mais correr. Não no sentido figurado, mas sim correr. “Um professor de matemática fazendo os alunos correr toda a área da quadra, já é sacanagem”, pensou ela. Porém confessava a si mesma: boa tática de aula para manter os alunos despertos. E ela teve que levantar de novo, a gincana de perguntas ia começar. Valentina o olhava: --- Renato sai daí! --- Mas por quê? “Tô” atrapalhando alguma coisa? --- Claro que sim, e você sabe muito bem. É sua altura sabe... --- Ah, não, Valentina, não vai me dizer que... --- SHIIIUU! Vem aqui moleque, eu te explico. “Renato boca aberta, já ia falar mó alto e na frente de todo mundo” pensou ela. --- Prontoo! Fala aí “Valentona”. --- Não me chama assim, já falei que não gosto! --- Mals... Mas então, quer dizer que a senhorita ainda paga pau pro professor Jorge? --- Não é “pagar pau” ok, eu apenas admiro o profissional competente que ele é e também... --- Ah tá, cê acha que eu sou idiota de acreditar nisso? --- Ei, ele é um ótimo professor... Lembra quando eu tive dificuldade naquele... Hm, qual é o nome mesmo? --- Relação de Euller. --- Ah sim. Então, ele foi muito atencioso, persistiu até eu aprender. E também teve aquela vez que eu tava com problemas em geometria espacial... O Jorge é sensacional poxa, aprendi rapidinho sobre área, volume, aresta, vértice, base... --- Garota acorda. Eu não vejo só as coisas da sua superfície, tô te sacando faz tempo... -- Olha, eu não sei do que você quer falar. --- Ah é? Então mede a altura do banco ae ta e aproveita que ele é um prisma e calcula a diagonal também. Vou deixar você sonhando aí, tchau. --- Renato para de ser criança e volta aqui... --- Não, vai lá aprender as coisas com seu “professorzinho”