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Aos 57 anos, a então dona de casa Adamaris Gallucci descobriu uma nova utilidade para o computador. Ela começou a vender brinquedos antigos no portal Mercado Livre no ano passado e voltou a trabalhar após 10 anos sem emprego. Com cerca de 40 itens comercializados por mês, Adamaris consegue um lucro líquido mensal entre R$ 1.000 e R$ 1.500. A vendedora faz parte de um grupo de cerca de 60 mil pessoas na América Latina que obtêm sua renda no Mercado Livre. A estimativa do portal é que metade desses empreendedores está no Brasil.
A quantidade de pessoas que declararam a comercialização no portal Mercado Livre como sua principal fonte de renda atingiu 38,8 mil em 2007, segundo levantamento feito pela ACNielsen. O portal já encomendou uma atualização da pesquisa e estima que o número de usuários que obtém renda no Mercado Livre acompanhou o crescimento da plataforma, afirma Helisson Lemos, diretor comercial e de marketing da companhia. O portal somou 40 milhões de usuários cadastrados no terceiro trimestre de 2009, uma expansão de 25% em um ano. Com esta taxa de crescimento, a estimativa é que cerca de 60 mil pessoas já vivam de comercializar produtos na plataforma.
“É possível viver da venda de produtos pelo Mercado Livre porque o portal democratiza o comércio on-line. Grandes empresários, pequenos e pessoas físicas brigam pelo mesmo público na plataforma”, diz Lemos.
Os dados são do Mercado Livre, mas eles refletem um movimento maior de popularização da internet no Brasil, que permite a geração de renda via e-commerce para pequenos empresários e pessoas físicas. Neste ano, o Brasil atingirá 15 milhões de conexões de banda larga e o comércio eletrônico crescerá cerca de 30%, segundo projeções de analistas do setor.
Antes de começar a vender no Mercado Livre, Adamaris usava a internet apenas para se comunicar com parentes pelo Orkut. Ex-vendedora de cosméticos, ela parou de trabalhar há dez anos