Fetichismo - Marx em O Capital
Minha escolha de elemento teórico foi o caráter fetichista da mercadoria. Na minha opinião o elemento mais significante na teoria marxista é a mais-valia mas para não ser tão clichê optei por falar do fetichismo da mercadoria, que me interessou por ter sido um conceito original de Marx e que é claramente percebido no capitalismo. Na concepção de Marx, o fetichismo é ‘uma relação social entre pessoas meditizada por coisas’. No Dicionário de Economia e Administração de Paulo Sandroni encontramos: “[...] análogo ao fetichismo religioso do selvagem que diviniza os objetos por ele mesmo produzidos [...] as mercadorias se apresentam como coisas dotadas de vida própria. As relações entre objetos, coisas, mercadorias mascaram as relações sociais, as formas de propriedade, a alienação real que existe entre o trabalhador e os objetos por ele criados. O fetichismo da mercadoria revela-se com maior intensidade no dinheiro, que se apresenta, nas relações sociais, dotado de uma força sobrenatural que proporciona poder a seus possuidores.[...]”.
Marx estabelece uma relação com uma passagem biblíca para exemplificar como as pessoas adoram objetos e fazem com que a mercadoria deixe de ter sua utilidade e passe a ter um valor simbólico, quase divino.
Concluindo, o fetichismo da mercadoria designa o fato de o valor dos produtos acabar sendo atribuidos a suas qualidades intrínsecas, esquecendo assim que elas foram fabricadas pelo homem. Isto faz com que as relações sociais entre as pessoas aparecem como relações sociais entre coisas. Todos os valores tornam-se objetos das relações mercantis.
Este tema foi pouco explorado por Marx em O Capital mas deixou uma brecha para que outros estudiosos se aprofudassem neste assunto. Na teoria