Festas juninas
As festas juninas foram trazidas ao Brasil pelos portugueses, que já as celebravam na Europa, desde tempos imemoriais. Estas festas têm uma evidente conotação com o trabalho agrícola, por se tratar de uma manifestação que retrata a abundância da colheita. Representam o curso do cultivo, e a colheita, seguidas pelas comemorações festivas, quando se agradece pela safra e se faz um pedido para que a próxima semeadura tenha os mesmos resultados. Os agricultores precisavam da fertilidade da terra e das condições benéficas do clima, recorrendo por isso à proteção dos deuses e dos elementos da natureza: a Terra, a Água, o Ar e, principalmente o Fogo, revitalizador e transformador. Daí o costume de acender fogueiras para afugentar os maus espíritos. Com o advento do Cristianismo, esses componentes pagãos foram sendo adaptados à tradição cristã. As festas juninas, de origem rural, hoje altamente difundida nas áreas urbanas, homenageiam Santo Antônio, São João e São Pedro. São consumidos durante a festa, alimentos chamuscados pelo fogo, como batata-doce assada e mandioca, além de pipoca, canjica, pé-de-moleque, etc. As bebidas são originárias dos produtos da terra, como a cachaça, o quentão preparado com gengibre e pinga licores de maracujá e jenipapo. Finalizando, nos salões ou pátios enfeitados de bandeirolas coloridas é dançada a quadrilha, tradição maior das festas juninas. Trata-se de uma dança de origem europeia do começo do século XIX, praticada nos salões nobres. Trazida para o Brasil, popularizou-se, acabando por tornar-se uma dança caipira, embora “marcada” em francês. As comemorações de Santo Antônio se dão no dia 13 de junho. Dentre os santos do mês, é considerado o mais camarada, pois além de proteger as solteiras, ele é o santo casamenteiro, o achador de objetos perdidos e o defensor de causas impossíveis. Uma das comemorações mais populares entre as festas juninas é o dia de São João, em 24 de Junho. Os pais de São João foram Isabel e Zacarias. A