Festas Juninas Cabo Verde
Na década de 1450 a 1460 acharam-se as primeiras ilhas do arquipélago de Cabo Verde, ainda que permaneça o mistério da data e do nome do descobridor. O mais antigo diploma que se conhece, uma carta régia de 19 de Setembro de 1462, refere a existência de cinco ilhas – Santiago, Maias (Maio), São Filipe (Fogo), São Cristóvão (Boa Vista) e Lana (Sal) – encontradas por António de Noli “em vida do Infante D. Henrique”. O navegador, “o primeiro que a dita achou”, logo recebeu o senhorio da Ribeira Brava, na ilha de Santiago, que em 1487 foi transferido para sua filha D. Branca de Aguiar.
A dúvida de quem terá sido o verdadeiro descobridor coloca-se apenas em relação a descoberta das ilhas que se localizam mais a oriente. (Fogo, Santiago, Maio, Sal e Boavista), porque em relação às ilhas mais ocidentais (Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Brava e os ilhéus Raso e Branco) as dúvidas já não existem, já que Diogo Afonso é apontado, num documento régio, como o único e verdadeiro descobridor dessas ilhas.
Após o achamento das primeiras ilhas do arquipélago, impunha-se a sua ocupação pelo povoamento, a sua reutilização pelo aproveitamento de recursos naturais e, consequentemente, a sua gestão pelo controle exercido por um aparelho administrativo institucional.
Os donatários, em especial, António da Noli, com apoio efectivo do rei, iniciaram o povoamento por Santiago, em Ribeira Grande (primeira localidade a ser povoada), com alguns genoveses e portugueses do Alentejo e do Algarve e, provavelmente, de outras áreas do país e ainda com os negros mandados «resgatar nas partes da Guiné». Foi com esse núcleo de homens, que começou a tarefa do povoamento das ilhas.
500 Anos foram passando e a população cabo-verdiana, propriamente dita, foi se formando e hoje já é possuidora da sua tradição, história e costumes conhecidos internacionalmente.
Alguns costumes, como conhecemos, vem da Europa e foram