Ferrita Mn-Zn
1. INTRODUÇÃO
Ferritas Mn-Zn consiste numa importante categoria de materiais cerâmicos magnéticos, que possuem uma grande faixa de aplicações tecnológicas. No campo da ciência básica as ferritas vêm sendo estudadas com resultados promissores para aplicações como catalisadores heterogêneos em diversos processos químicos, absorvedores de radiação eletromagnética para diferentes faixas de freqüência, pigmentos (COSTA et al, 2008; SILVA et al 2007) e dispositivos para rede de alta potência (GLEAN, 1996). Devido, a esta diversidade de aplicações tecnológicas, muitos autores tem estudado métodos novos ou modificado os métodos de síntese já existentes, visando obter estas ferritas com
características
controladas para
determinadas aplicações
específicas.
Estas aplicações são dependentes das propriedades intrínsecas e extrínsecas destes materiais. As propriedades extrínsecas são controladas e dependentes da morfologia dos pós, das condições de processamento e da microestrutura final do produto sinterizado. Por outro lado, as propriedades intrínsecas são definidas pela composição química, tipo e quantidade de dopante utilizado e da distribuição dos cátions na rede cristalina. Assim, existe uma grande variedade de estudos relacionados à síntese e produção de ferritas de Mn-Zn com propriedades eletromagnéticas adequadas para fabricação de dispositivos magnéticos de baixas perdas em elevadas freqüências de operação.
As ferritas cúbicas do tipo Mn-Zn são materiais cerâmicos de estrutura cristalina pertencente à classe do mineral espinélio (MgFe2O4). Quimicamente são compostos representados pela fórmula geral MFe2O4, onde M representa um íon metálico divalente ou a combinação de mais de um destes íons (devido a formação de defeitos de solução sólida substitucional), dando origem as ferritas mistas, como exemplo, temos, as ferritas Mn-Zn, Ni-Zn, Cu-Zn, etc. Na ferrita Mn-Zn os íons de Mn2+, Zn2+ e Fe3+, estão distribuídos aleatoriamente entre os sítios tetraédricos e