ferreira
O ser humano sempre demonstrou uma preocupação constante com as origens e com as causas. Essa preocupação se manifesta desde a infância, na ‘idade dos porquês: tudo deve ter uma causa” (BRANCO, 2004, p. 19).
Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin publicou a obra “A Origem das Espécies”, a qual “causou uma verdadeira revolução na biologia e no próprio pensamento humano” (BRANCO, 2004, p. 41), sendo imediatamente aceita pela comunidade científica, ainda que acusada de imoral pelos religiosos criacionistas, por considerar que os mecanismos evolutivos também se aplicariam à espécie humana, que teria surgido a partir de primatas pré-históricos, como ilustra Soares (1990). Descobertas realizadas ao longo do século XX possibilitaram a validação e reinterpretação da maior parte das ideias de Darwin, especialmente a seleção natural, configurando a evolução cada vez mais como um conjunto de princípios explanatórios sofisticados, intrincados e abrangentes (FUTUYMA, 2009).
Observa-se que a partir da origem das espécies, vários fatores evolutivos começam a ocorrer permitindo assim a adaptação das espécies em ambientes variados ocorrendo em dois níveis. Começando pela Anagênese, (do grego Ana, movimento de baixo para cima, e Genesis, origem) que consiste na transformação de uma espécie, com mudanças graduais que levam a adaptação evolutiva. A cladogênese é o processo pelo qual duas populações isoladas diferenciam-se no decorrer do tempo, originando duas novas espécies. Nesse caso, processos anagenéticos ocorre de forma independente nas duas populações, fazendo com que elas se tornem progressivamente distintas, subdividindo em duas populações conhecidas como clados, o qual o processo que leva a diversificação dos mesmos sendo denominado de cladogênese (do gregokladós, ramo, e Genesis, origem) ou especiação por diversificação. A maioria dos evolucionistas admite que a especiação por diversificação é a base da